segunda-feira, 9 de junho de 2008

Crise de Comunicação

O uso vulgar da Internet faz com que a velocidade da comunicação aumente. Através da web, qualquer pessoa pode ser jornalista e toda a gente pode ter assesso a qualquer tipo de informação, o que faz com que os políticos tenham de ser ainda mais resguardados em relação a questões que não devem ser passadas para o exterior.

Ou seja, a internet permite o aumento de rumores e ainda por cima as pessoas que escrevem não são obrigadas a identificar-se e muito dificilmente serão apanhadas pelas autoridades.

Quando há rumores, o "bichinho" dos jornalistas cresce e raras são as vezes em que os escândalos não rebentam devido às investigações jornalísticas.

Em "Os Homens do Presidente" dá-se o caso de circularem notícias na net sobre a dependência de Leo em relação ao alcool. A questão é complicada porque Leo é o braço direito de Bartlett, presidente dos Estados Unidos da América, e caso a notícia se continuasse a espalhar, a popularidade junto da opinião pública iria baixar consideravelmente.

Era preciso tomar uma decisão, de forma a tentar resolver a crise e neste caso, a resolução passou por anteciparem-se à notícia.

Antes de todos os órgãos de comunicação social lançarem a "bomba" e investigarem as informações, a Casa Branca emitiu um comunicado onde afirmavam que Leo tinha uma dependência em relação ao álcool mas que estava a ser acompanhado e tratado. Com esta atitude, de transparência para com o público, tal como mandam os livros quando há uma crise, o governo americano conseguiu reduzir as consequências negativas caso apenas houvesse explicação após toda a gente estar a par do caso.

O caso que conto a seguir tem alguma piada e nada tem haver com o que assisti em "Os Homens do Presidente". No entanto, têm um ponto em comum, que é o facto do protagonista ter admitido uma notícia que não é propriamente agradável. Apesar de não ser uma crise, porque o cargo do político em questão ainda não era de grande importância mas podia ter acabado mal caso ele não admitisse o acto.

A história consta no facto de um político na Austrália ter cheirado a cadeira de uma deputada do parlamento após ela se ter levantado. O homem já tinha negado várias vezes esse acto mas acabou por confessá-lo em tom de brincadeira numa conferência de imprensa. Este comportamento poderia fazer com que não fosse eleito o líder do Partido Liberal do Oeste Australiano, visto que já não era o primeiro caso de comportamento algo incorrecto que tinha em público, mas acabou por ser o eleito pelo partido para esse cargo.

Na minha opinião, o caso apenas não teve proporções mais graves porque para além do político ter admitido o que fez, admitiu-o de forma descontraída, o que acabou por tornar o episódio algo anedótico. Caso ele admitisse o que fez e não desse mais nenhuma declaração sobre o assunto, e visto que já não era o primeiro comportamento incorrecto que tinha em público, acredito que esta crise não se teria resolvido de forma tão tranquila.

Para além deste há muitos outros casos. Por exemplo, Miguel Sousa Tavares foi acusado de plágio no livro "Equador" e a acusação começou num blogue.
Miguel Sousa Tavares defendeu-se dizendo que tudo era mentira e convidou os desconfiados a lerem o livro dele o livro do qual o acusam ter copiado.

É verdade ou não?
Isso não interessa, o que se sabe é que a internet é uma arma poderosa para o bem e para o mal.

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